Santa Cruz é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Localiza-se a 114 km da capital do estado Natal, a qual se liga através da BR-226. Abriga a Estátua de Santa Rita de Cássia, maior estátua religiosa da América Latina e maior estátua católica sacra do mundo[5] e segunda maior estátua do Brasil.[6]
Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 40 295 habitantes.
Pertenciam à grande nação tapuia os índios que dominavam quase toda a Ribeira do Trairi, aglomerando-se nas serras do Ronca, Tapuia e Doutor, atual Município de Santa Cruz. Aí foram encontradas ossadas humanas e diversos objetos pertencentes aos silvícolas, cujo desaparecimento data por volta de 1800.Acredita-se que ainda no século XVIII se tenha dado a primeira penetração do elemento civilizado. Entretanto, a colonização só se iniciou em março de 1831, quando Lourenço da Rocha, seu irmão João da Rocha e um companheiro de nome João Rodrigues da Silva, percorrendo os sertões, tocaram naquelas paragens as quais denominaram Malhada do Juazeiro. Pela altura e fronde, sobressaía-se entre os demais, belo juazeiro que se erguia no local onde hoje se situa a Igreja Matriz. A capela, sob a invocação de Santa Rita de Cássia, foi edificada em 1835. Dotada de indispensável patrimônio, incluindo-se paramentos e alfaias, obteve-se provisão para que se celebrassem missas. Tendo vindo de Cachoeira a primeira imagem da Padroeira, o lugarejo passou a ser conhecido como Santa Rita da Cachoeira.
Havia abundância de inharé, árvore tida como sagrada e que provocava secas, epidemias e outros males, toda vez que seus galhos eram quebrados. Segundo a lenda, um santo missionário, tomando conhecimento do fato, dirigiu-se ao local e, cortando galhos de inharé, com eles ergueu uma cruz. Os malefícios cessaram como por encanto. Das fontes, a água jorrou em abundância, os animais tornaram-se mansos e humildes, as aves entoaram cânticos. A localidade foi então chamada Santa Cruz do Inhame. Anos se passaram. O topônimo Inhame foi trocado por Trairei, nome indígena dado a importante curso d'água que banha o território. Mais tarde simplesmente Santa Cruz.
Gentílico: santa-cruzense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santa Cruz da Ribeira do Trairi, pela lei provincial, nº 24 de 27-03-1835.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Cruz da Ribeira do Trairi, pela lei provincial nº 777, de 11-12-1876, desmembrado do município de São José de Mipibú. Sede na antiga povoação de Santa Cruz da Ribeira do Trairi.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila é constituída do distrito sede.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Santa Cruz, pela lei estadual nº 372, de 03-11-1914.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto estadual nº 603, de 31-10-1938, são criados os distritos de Campo Redondo e Jericó e anexados ao município de Santa Cruz.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Santa Cruz, Campo Redondo e Jericó.
Pelo decreto-lei estadual nº 268, de 30-12-1943, o distrito de Jericó passou a denominar-se Melão e o distrito de Campo Redondo a denominar-se Serra do Doutor.
Pela lei estadual nº 146, de 23-12-1948, o distrito de Melão voltou a denominar-se Jericó e Serra do Doutor a chama-se Campo Redondo.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Santa Cruz, Jericó ex-Melão, Campo Redondo ex-Serra do Doutor. Pela lei estadual nº 924, de 25-11-1953, é criado o distrito de Jaçanã e anexado ao município de Santa Cruz. Pela lei estadual nº 930, de 26-11-1953, é criado o distrito de Trairi e anexado ao município de Santa Cruz. Pela lei estadual nº 1029, de 11-12-1953, desmembra o município de Santa Cruz os distritos de Jericó e Jaçanã, para formar o novo município com a denominação de Coronel Ezequiel. Pela lei estadual nº 931, de 31-12-1953, é criado o distritos de Tangará, e anexado ao município de Santa Cruz. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 4 distritos: Santa Cruz, Campo Redondo, Tangará e Trairi. Pela lei estadual nº 2336, de 31-12-1958, desmembra do município de Santa Cruz os distritos de Tangará e Trairi, para formar o novo município de Tangará. Pela lei estadual nº 2340, 31-12-1958, desmembra do município de Santa Cruz o distrito de Campo Redondo. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
Pelo Acórdão do Superior Tribunal Federal nº 558, de 24-10-1962, o município adquiriu o extinto o município de Campo Redondo, como simples distrito.
Pela lei estadual nº 2855, de 26-03-1963, desmembra do de Santa Cruz o distrito de Campo Redondo. Elevado novamente à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal
Santa Cruz da Ribeira do Trairi para simplesmente Santa Cruz alterado, pela lei estadual nº 372, de 0311-1914.
A prática a cultura aliada ao caráter educacional age como meio de formação integral dos indivíduos, ou seja, como um meio facilitador do desenvolvimento da convivência social, de uma consciência crítica e do aprimoramento da cidadania. Dentro dessa perspectiva da cultura como instrumento de consolidação da cidadania, iniciativas culturais foram e serão desenvolvidas pelo nosso município para o crescimento cultural da nossa cidade.
Para tanto, o município de Santa Cruz contempla um verdadeiro celeiro Cultural, esta cidade berço da história da região do Trairi, é atualmente uma das cidades do interior do Rio Grande do Norte mais bem planejada no aspecto cultural. Sempre destacou-se pela grande diversidade cultural local, compreendendo: Arte Cênica, Artes Visuais, Arte Circense, Danças, Literatura, Músicas, Boi-de-Reis, Pontos de Cultura, Teatro de Rua, grupos de artesanatos, Mamulengo, Danças Folclóricas, Grupos Carnavalesco, Quadrilhas Juninas, Museu Rural, Pastoril, Audiovisual e tantos outras pluralidades culturais, chegando a ser denominada, como a cidade de todas as artes.
No tocante as festividades culturais, temos grandes eventos em nosso município a saber: as festividades do carnaval, onde os grupos momescos recebem apoio financeiro através do edital carnavalesco. Já em maio é realizado o Concurso: A Mais Bela Voz Estudantil, executado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Cultura, evento de grande mobilização estudantil e revelador de talentos musicais. Temos também as festividades sócio-cultural e religiosa da Padroeira Santa Rita de Cássia, no período de 13 a 22 de maio. No mês de junho temos o São João na Terra da Santa idealizado e realizado pelo poder público municipal, evento este que mobiliza quadrilhas juninas dos bairros e de escolas das redes de ensino pública e privada. O município também tem parceria na realização do Motofest, evento que reúne santacruzenses e visitantes de várias partes do País. Na cidade de Santa Cruz, é realizado pela ASSOMUSC em parceria com o Poder Público Municipal, o Festival Felinto Lúcio Dantas, que recebe várias bandas de música em âmbito regional e inter-estadual.
Na cidade existe vários equipamentos culturais a saber: Casa de Cultura: Palácio Inharé, O Teatro Municipal Candinha Bezerra, O complexo Cultural Santá, Complexo Vila de Todos; Anfiteatro da Praça da Bíblia, Coreto da Praça Coronel Ezequiel, Museu Rural Auta Pinheiro Bezerra, Ponto de Cultura Arte Viva; Banda de Música: Mestre Felinto Lúcio Dantas, onde todos desenvolvem um belo trabalho cultural.
Já em dezembro ( de 01 24 de dezembro) temos as festividades da Emancipação Política de Santa Cruz e o Natal que encanta na terra da Santa , festa que conta com várias atrações culturais, exposições, etc. Vale Ressaltar a grande movimentação sócio-cultural realizada pela Prefeitura de Santa Cruz, durante as festividades da Emancipação Politica, cuja data especial é 11 de dezembro. Durante a programação, destaca-se: Cantata Natal da Esperança; Santa Cruz Inesquecível; Maratona da Emancipação, Quinta Cultural: Vozes, Cantos e Danças; Parada Natalina; Concerto Natalino com a Banda de Música de Santa Cruz.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
VOCÊ SABIA
Que Santa Cruz, foi a primeira cidade eletrificada do estado Rio Grande do Norte, com a energia de Paulo Afonso no ano de 1963.
VOCÊ SABIA?
Que na década de 50 e 60, as moças da cidade e da região se divertiam na festa de Santa Rita de Cássia, especialmente nas animações do Carrossel do saudoso Manoel Bernardino.
VOCÊ SABIA?
Que a atual Praça Coronel Ezequiel Mergelino de Souza, possuiu vários nomes dentre eles: Praça 15 de junho; Praça da Independência; Praça José da Penha e Praça Getúlio Vargas.
VOCÊ SABIA?
Que no bar do Baixinho existia um bode, por ele domesticado, que também degustava vários tipos de bebidas alcoólicas.
VOCÊ SABIA?
Que o líder do Cangaço Antônio Silvino, esteve na cidade de Santa Cruz, em 1915 e foi hóspede do Prefeito do Município Sr. Ezequiel Mergelino de Souza, o encontro ocorreu no casarão dos Ferreiras de Souza, onde hoje funciona o Banco do Brasil.
VOCÊ SABIA?
Que a 1ª mulher a concorrer a um cargo majoritário em Santa Cruz, ( Vice-prefeita) foi a Srª Margarida Gomes Xixi , que também foi a primeira vereadora eleita no município.
Fonte: Livro Santa Cruz: Nossa História, Nossa Gente
HINO
Hino de Santa Cruz - RN
Pelas mãos de bravos homens
Três pilares da fundação
Às margens do rio trairi
Ergueu-se este nobre torrão
Aos pés do monte carmelo
Pela força se deu a criação
Erigiu-se um santuário
Da fé, um povo guardião
Terra pujante e gloriosa
Salve! salve! santa cruz
Tua força, tua luz, tua glória
A todos seus filhos conduz
Povo de fé, força e coragem
Desbravadores do sertão
Imponente e bela natureza
A riqueza brotava do chão
O grão que da terra nascia
Ouro branco o algodão se tornou
Do suor dessa gente tão brava
A labuta o progresso gerou
Terra pujante e gloriosa
Salve! salve! santa cruz
Tua força, tua luz, tua glória
A todos seus filhos conduz
Nem fome, nem secas, enchentes
O ideal do povo abalou
O amor pela nossa cidade
Sempre nos sobrepujou
Guardiões da nossa cultura
Defensores da educação
Gente de lutas e glórias
Povo de bom coração
Terra pujante e gloriosa
Salve! salve! santa cruz
Tua força, tua luz, tua glória
A todos seus filhos conduz
Composição: Camilo Henrique.
BRASÃO DO MUNICÍPIO
Escudo samnítico encimado pela coroa mural de oito torres, de argente e iluminada de góles. Em campo argente, uma cruz de Cristo de góles, firmada no ápice da elevação central de três montanhas de sínopla nascentes de um aguado argente e ondado de sínopla ao termo. Como apoios do escudo, a dextra e sinistra, galhos de algodão florido ao natural, entrecruzados em ponta e sobrepostos de um listel de góles, contendo em letras argentinas o topônimo "SANTA CRUZ" ladeado pelos milésimos "1876" e "1914".
(Art. 19, da Lei 87, de 26 de janeiro de 1977.)
O Brasão do município de Santa Cruz, de autoria do heraldista Prof. Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, teve sua composição regulamentada pela Lei Municipal nº 87, de 26 de janeiro de 1977, que descreve a seguinte interpretação simbólica:
a) o escudo samnítico, usado para representar o Brasão de Armas de Santa Cruz, foi o primeiro estilo de escudo introduzido em Portugal por influência francesa, herdado pela heráldica brasileira como evocativo da raça colonizadora e principal formadora da nossa nacionalidade;
b) a coroa mural que o sobrepõe é o símbolo universal dos brasões de domínio que, sendo de argente (prata) de oito torres, das quais apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho, classifica a cidade representada na SEGUNDA GRANDEZA, ou seja, sede de Comarca - a iluminura de góles (vermelho), pelo significado heráldico da cor é condizente com os predicados próprios dos pioneiros colonizadores e dos dirigentes da comunidade;
c) o metal argente (prata) do campo do escudo é simbolo de paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza, religiosidade;
d) em abismo do campo, o cruzeiro de góles (vermelho) erigido em pedestal no ápice de uma elevação existente nas proximidades da cidade, origem secular do topônimo que a cidade ostenta;
e) a cor góles (vermelho) é símbolo de amor-pátrio, dedicação, audácia, intrepidez, coragem, valentia;
f) as três montanhas heráldicas de sínopla (verde) lembram o panorama da Serra que se descortina da cidade, nascentes de aguado de argente (prata) e ondado de sínopla (verde) representa o Rio Trairi;
g) a cor sínopla (verde] é símbolo de honra, civilidade, cortezia, alegria, abundância - é a cor simbólica da "esperança" e, a esperança é verde, porque lembra os campos verdejantes na primavera, fazendo "esperar" copiosa colheita;
h) nos ornamentos exteriores, os galhos do algodão floridos ao natural, lembram o principal produto oriundo da terra dadivosa e fértil, esteio da economia municipal;
i) no listel de goles (vermelho), em letras argentinas '(prateadas) inscreve-se o topônimo identificador "SANTA CRUZ" ladeado pelos milésimos "1876" da Criação do Município e 1914" da Elevação a Cidade.
BANDEIRA DO MUNICÍPIO
A Bandeira Municipal de SANTA CRUZ, de autoria do heraldista e vexilologista PROFº ARCINOÉ ANTÓNIO PEIXOTO DE FARIA da Enciclopédia Heráldica Municipalista será ESQUARTELADA EM CRUZ, SENDO OS QUARTÉIS VERDES CONSTITUÍDOS POR FAIXAS BRANCAS DE DOIS MÓDULOS DE LARGURA CARREGADAS DE SOBRE-FAIXAS VERMELHAS DE UM MÓDULO, DISPOSTAS NO SENTIDO HORIZONTAL E VERTICAL E ENTRECRUZANDO-SE A UMA DISTANCIA DE SEIS MÓDULOS DA TRALHA, TENDO NESTE PONTO, BROCANTE, UM CIRCULO BRANCO DE OITO MÓDULOS DE CIRCUNFERÊNCIA, ONDE O BRASÃO MUNICIPAL É APLICADO.
(Art. 6º, da Lei 87, de 26 de janeiro de 1977.)
A Bandeira do município de Santa Cruz, de autoria do heraldista Prof. Arcinoé Antonio Peixoto de Faria, teve sua composição regulamentada pela Lei Municipal nº 87, de 26 de janeiro de 1977, com as características abaixo:
"Art. 6º ...
§ 1º - De conformidade com a tradição da heráldica portuguesa, da qual herdamos os cânones e regras, a vexilologia das bandeiras municipais obedece aos estilos oitavado, sextavado, esquartelado ou terciado, tendo por cores as mesmas constantes do campo do escudo e ostentando ao centro ou na tralha uma figura geométrica onde o Brasão Municipal é aplicado.
§ 2º - A Bandeira Municipal de SANTA CRUZ obedece à essa regra geral, sendo por opção "esquartelada era cruz", lembrando nesse simbolismo o espírito cristão de seu povo e a razão do próprio topônimo que ostenta. O Brasão, aplicado na bandeira representa o GOVERNO MUNICIPAL e o círculo branco onde é contido representa a própria CIDADE-SEDE do município - é o círculo símbolo heráldico da "eternidade" porque se trata de uma figura geométrica que não tem princípio e nem fim; cor branca é símbolo de paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza, religiosidade. As faixas brancas carregadas de sobre-faixas vermelhas que esquartelam a bandeira, representam a irradiação do PODER MUNICIPAL que se expande a todos os quadrantes de seu território - a cor vermelha simboliza a dedicação, amor-pátrio, audácia, intrepidez, coragem, valentia. Os quartéis verdes, assim constituídos representam as PROPRIEDADES RURAIS existentes no território municipal - a cor verde é símbolo de honra, civilidade, cortesia, abundância; é a cor simbólica da "esperança" e, a esperança é verde, porque lembra os campos verdejantes na primavera, fazendo "esperar" copiosa colheita.
Artigo 7º - De conformidade com as regras heráldicas a Bandeira Municipal terá as dimensões oficiais adotadas para a Bandeira Nacional, levando-se em consideração 14 (quatorze) módulos de altura da tralha por 20 (vinte) módulos de comprimento do retângulo.